06 lições que aprendi com o autoconhecimento

Investir em autoconhecimento foi uma das melhores coisas que eu já fiz em minha vida. Claro, que o processo não é fácil, ocorre a quebra de vários paradigmas, e sim, pode ser um processo bem dolorido, especialmente quando você percebe que na grande maioria das vezes é você o responsável por algumas situações que acontecem. Percebemos que neste processo cometemos enganos com o objetivo de nos proteger, tememos nos expor e mostrar o quanto somos vulneráveis, só que também ao escolher o caminho do medo, acabamos não nos desenvolvendo, acabamos não crescendo e tudo até pode parecer mais fácil, mas não avançamos em direção ao melhor que podemos ser.

Eu sinto que eu ainda tenho muito o que aprender, principalmente em relação ao manejo da ansiedade e da minha tendência ao perfeccionismo, o que tem trazido alguns prejuízos para minha saúde física. Atualmente, iniciei um novo processo terapêutico, estabeleci uma rotina diária e fiz alterações na alimentação, mais para frente, dividirei com vocês os meus resultados. Mas, mesmo com muita coisa a aprender, eu sinto que algumas lições já se solidificaram em mim, e ficou mais tranquilo (não fácil) lidar com os acontecimentos da vida, tentando enxergá-los de uma maneira diferente.




Então, hoje resolvi compartilhar com você, algumas lições que aprendi e já consigo aplicar no meu dia a dia, e que foram aprendidas nos estudos, palestras, livros, cursos, sugestões de amigos e leitores, na terapia e num profundo olhar para dentro de mim mesma. A viagem para dentro de si mesmo é difícil, mas compensa.

Vamos lá? O autoconhecimento me mostrou que:

1 - Nem tudo o que parece ser é de fato
Tem um ditado que diz "Nem tudo que reluz é ouro", e isso não poderia ser mais verdadeiro. Inúmeras vezes, eu me deixei enganar por fotos em redes sociais, por sorrisos que pareciam sinceros. Me lembro de um fato que ocorreu há alguns anos atrás em que eu via algumas atualizações em redes sociais, e eu achava que a realidade daquelas pessoas estava perfeita, que o lugar mostrado nas fotos estava maravilhoso. Pois bem, quando estive no local novamente, fiquei sabendo do tanto de conflitos e problemas que as pessoas estavam enfrentando e as fotos mostravam um ângulo do local que não mostrava sua realidade, na verdade, tudo estava igual, arrisco dizer que estava pior. Mas a impressão que se tinha era de que as pessoas se davam bem e que tudo era perfeito.
Isso me ensinou a nunca julgar uma pessoa, situação ou foto em uma primeira análise. Afinal, em redes sociais por exemplo, é só uma foto, um momento, e a tendência da grande maioria das pessoas é achar que aquela realidade bacana ocorre em 100% do tempo, e isso não é verdade, nem na minha vida e nem na sua. Então, tenha em mente, que nem tudo que parece é, porém às vezes vai até ser, mas certifique-se disso com calma e tente não ficar deduzindo algo que não existe.

2 - Faça sua experiência e sinta o que é adequado para você
Tem uma frase do Carl Jung que é uma das minhas preferidas:

"Os sapatos que ficam bem numa pessoa são pequenos para uma outra; não existe uma receita para a vida que sirva para todos."

Aqui no blog e no canal do youtube, eu compartilho minhas experiências, dou dicas e sugestões e não tenho nada contra quem faz isso. Eu adoro ler textos e assistir vídeos que ensinam "Como fazer..., como lidar..." enfim. Porém, acredito que isso é só um caminho e cada um deve ter o discernimento para entender o que faz sentido ou não. Vejo algumas pessoas julgando quem cria este tipo de conteúdo, eu realmente, acho bobagem ficar criticando o conteúdo do outro, mas enfim. Não quer criar textos e vídeos com dicas, não crie e pronto. Eu concordo que não existe receita de vida pronta. Eu por exemplo, quando assisto um vídeo de uma youtuber colocando pepino no smoothie de banana, eu não faço, porque para mim não faz sentido, eu adoro assistir o vídeo, e troco para minha experiência, para mim, ao invés do pepino eu prefiro maçã. Tem gente que gosta de caminhar para lidar com a ansiedade e compartilha essa dica, mas para você talvez ir para a academia seja melhor. Então veja, a essência da ideia ficou que neste caso é "se mexa", mas você escolheu o que é mais adequado para você, que ao invés de caminhar é ir para a academia, não precisa seguir à risca o que a pessoa disse que faz, faça do seu jeito e de acordo com a sua personalidade. Adeque as receitas à sua vida e à sua caminhada.


3 - A importância do diálogo mental - Viver o agora (pensamentos negativos questionando uma fase boa)
Uma das coisas que mais tem me ajudado nos últimos tempos é estabelecer um diálogo mental saudável. Quando estou vivendo uma fase mais tranquila pensamentos negativos às vezes invadem minha mente questionando o momento, e talvez isso aconteça com a grande maioria das pessoas, pensamos que logo depois do riso vem o choro, está muito bom para ser verdade e por aí vai. Aprendi a questionar esses pensamentos, me perguntando o que tem de real em cada um deles, e isso me fez estabelecer uma ligação mais sólida com o agora.




4 - Cada pessoa tem seu tempo
Tem um texto do Osho que chama-se "Não force o rio" e um dos parágrafos pode-se ler a seguinte frase: "Descubra o modo pelo qual sua nuvem se move, por onde ela vagueia – e permita-lhe total liberdade para mover-se e vaguear. Vá onde for, ela encontrará o Divino. Então, não lute – flua. Não force o rio – flua com ele. A dança é bela. Mas você deve estar totalmente nela – este é o ponto. Não rejeite nada – rejeitar não é religioso. Aceite tudo – aceitar é orar."

Muitas vezes na vida temos a necessidade de forçar. Forçar alguém a nos amar ou nos enxergar, forçar aquela amizade a não ir embora, forçar um sonho que não tem mais sentido, forçar alguém a reconhecer que está errando na vida, e por aí vamos, nos cansando, nos estressando. É muito importante compreendermos que cada pessoa tem o seu tempo, e o que para mim parece óbvio para o outro pode passar despercebido. Assuma que cada um tem seu tempo e se as coisas não estão funcionando como você gostaria, deixe a vida se encarregar do que tem que ser.


5 - Perdoar é importante - Frase do livro da Louise Hay
Eu li uma vez uma frase no livro "Você pode curar sua vida" da Louise Hay que fez muito sentido para mim. A frase é a seguinte: 

"Eu o perdôo por não ser como eu queria que você fosse. Eu o perdôo e liberto."

Muitas vezes, a nossa raiva de alguém está condicionada à nossa expectativa em relação àquela pessoa. Criamos uma imagem e queremos que ela seja do jeitinho que imaginamos e nem sempre isso será real, arrisco até dizer que possivelmente nunca será real, e então cria-se conflitos que podem levar às dificuldades de relacionamento.

Uma das formas de avaliar essa questão, é se perguntar que tipo de expectativa você nutria ou nutri por esse alguém, e se isso não corresponde ao que você espera, talvez seja hora de libertar a pessoa e de se libertar também.

Existem também os outros casos, que muitas vezes fogem da nossa compreensão, como maus tratos, abusos de todos os tipos, roubos, traições... e nesses casos, o perdão também parece muito difícil, a terapia, nestas situações pode ajudar muito. Minha sugestão, num primeiro momento é que você tente ao menos, imaginar a pessoa e repetir a frase, até sentir seu coração mais leve. Lembrando que perdoar não significa conviver.




6 - A importância de cultivar e investir na saúde mental
Se eu não tivesse investido na minha saúde mental certamente eu teria surtado com alguns dos últimos acontecimentos da minha vida (não é porque sou terapeuta e trabalho com autoconhecimento que estou livre dos desafios da vida). Experimentei nos últimos dias, crise de pânico, a ansiedade retornando, e fui aos poucos utilizando as ferramentas que conheço para não cair de vez no abismo. Estabeleci uma rotina diária, pratiquei a aceitação, voltei para a terapia, desisti de alguns projetos, li vários textos, assisti vídeos, tomei floral e medicamento antroposófico, fiz chás contra ansiedade, meditei mais, escolhi práticas de yoga voltadas para ansiedade e stress e fui lidando com meus dias ruins, e consegui perceber que um dos grandes causadores da minha ansiedade é o perfeccionismo. Aos poucos as coisas vão voltando para o lugar, e se ajeitando. Em uma conversa com minha terapeuta, ela me disse: "Que bom, que você já sabe como agir. Outras pessoas surtam de vez e não conseguem sair do lugar."

Sair do lugar só foi possível devido ao investimento na saúde mental. Das lições que o autoconhecimento me ensinou com certeza essa é uma das mais importantes, por isso, recomendo que você não abra mão de investir em sua saúde mental, pois essa ação faz toda a diferença na vida de modo geral.

Até breve!

6 comentários:

  1. Olá
    Excelente post, a gente aprende todos os dias que nem tudo é adequado pra nossa vida e que o aprendizado prossegue até o fim.
    Bjs ótimo dia
    Isabe/ maisqueumaviajante

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    1. Oi, Isa! Que bom que gostou. Obrigada pelo carinho e pela presença por aqui. Beijo

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  2. Olá Angélica, gosto muito como você divide sua experiências com leveza. Quando ao item número 4, eu compartilhei um vídeo lá no blog sobre essa parte que você abordou. Nós somos fera em começar algo mas temos dificuldades de admitir quando estas coisas acabam.

    É como você falou: a gente força, se adequa, melhora por algo que passou do prazo de validade. A gente se machuca, se abusa por não aceitar que nem todo mundo vai com a gente na viagem do trem da vida até o final.

    Gostei também muito da dica de questionar os pensamentos intrusivos e confrontá-los quando surgem. Acredito que isso seja um filtro que ajuda demais a mente a não entrar num espiral.

    Obrigada pela paz que você trasmite no seu espaço. Deus abençoe!

    www.vivendolaforanoseua.blogspot.com

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    1. Oi, Gisley! Eu que agradeço sua presença por aqui, e fico muito feliz que tenha gostado do post... Deus abençoe você e sua família :)

      Um beijão ;)

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  3. Olá Angélica
    Ótima postagem, bjs querida.

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