COMO PRATICAR O DESAPEGO

Por Angélica Diniz


O excesso de apego pode paralisar, olhos vidrados no objeto que atrai a atenção, a respiração fica difícil só de se imaginar sem alguém, sem o trabalho, sem a casa, sem o carro, é difícil respirar só de se imaginar sem aquilo que parece definir a nossa identidade.
O apego nada mais é do que o medo excessivo de perder algo, é o excesso de controle sobre os acontecimentos da vida. Será que  é possível viver uma vida equilibrada e leve se a todo momento você teme perder algo? Se a todo momento a felicidade em viver algo se ofusca instantaneamente pelo medo de que isso se vá?





O excesso de apego rouba toda a conexão com o momento presente, porque o apego está diretamente ligado ao futuro, está ligado a possibilidade de algo que tememos acontecer, e isso desconecta toda a nossa mente do agora, e nos coloca em uma situação de medo constante, que sufoca, não só quem é apegado, mas sufoca também  aqueles que são o alvo do apego. 


Hoje, eu sugiro que você faça um exercício para te ajudar aos poucos a desapegar das coisas e pessoas, principalmente se você já percebeu que isso causa muito sofrimento em você e nos outros.


Primeiro, você irá fechar os olhos e colocar as mãos em seu coração, então vai respirar profundamente por alguns minutos, e coloque a música abaixo para tocar, enquanto você faz esse exercício. Eu sugiro essa música porque eu sinto uma sensação de bem-estar muito grande quando ouço, mas caso, você não se conecte com essa música sugerida, coloque uma com a qual você sinta afinidade.

Música: In dreams - Jai-Jagdeesh





Depois de alguns minutos, respirando e ouvindo a música. Pense em Deus (ou no que você acreditar), e imagine um campo florido, e esse campo tem um cheiro maravilhoso, de flores, e você sente o vento passar sobre você, suavemente, e nesse momento, você vê o vento levando folhas, sementes de plantas, e você confia. Você confia em Deus, e você aceita que tudo na vida tem um fluxo, o próprio fluxo da vida, e que assim como as folhas e sementes se movem, a vida e as pessoas também. Elas ficam, elas vão, elas dançam com o ritmo do vento. A vida flui e é preciso confiar, deixar ser aquilo que tem que ser.


Abra os olhos, continue ouvindo a música e responda:


- O que você sente quando imagina o seu apego (pessoa, objeto) indo embora ao ritmo do vento? Medo, angústia, rejeição, tristeza? Anote tudo isso em uma folha de papel.


- Qual é o objetivo disto na sua vida? Qual é o objetivo destes sentimentos? Lembre-se de situações da infância, adolescência nas quais você se sentiu valorizado por possuir algo? Ou amado por ter algo, ou alguém. Anote novamente no papel.





Depois, leia tudo isso. Se der vontade de chorar, chore! Quando se sentir pronta (o), queime o papel, dizendo: Sinto muito, me perdoe, te amo, sou grata.


Esse exercício pode ser feito sempre que você precisar. O fato de você não ter se desapegado instantaneamente não significa que o exercício não funcionou, e sim, que ainda existem coisas que você ainda não acessou ou enxergou e que precisam de mais tempo. Não desanime de trabalhar em você, para você.


Para te ajudar nesse processo, sugiro a leitura do livro "Os cinco níveis de apego", Don Miguel Ruiz Jr.  Como sugestão de florais, a essência Chicory pode ajudar. 


Caso você sinta que precise de ajuda terapêutica, entre em contato comigo, será uma honra para mim poder te auxiliar, para saber mais clique aqui.


Muita sorte na sua caminhada!



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