Livro Comunicação não violenta – Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais

setembro 27, 2017
Eu terminei de ler o livro “Comunicação não violenta – Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais” – Marshall B. Rosenberg.
Eu achei o livro bem interessante e ao mesmo tempo me senti um pouco confusa também em relação à prática da comunicação não violenta. Eu utilizei outros materiais para me ajudar a entender melhor a Comunicação Não Violenta, e acho que eles foram muito proveitosos, por isso, irei compartilhar com você também, caso você, assim como eu fique um pouco confuso. São dois vídeos que estarão expostos no decorrer do texto. Então aproveite!

O livro afirma que a CNV (Comunicação Não Violenta) se baseia em habilidades de linguagem e comunicação e é composta por quatro elementos que são:
1. Observação;
2. Sentimento;
3. Necessidades;
4. Pedido;

Eu achei interessante, essa etapa de observar os sentimentos e necessidades que estão impressos no diálogo, muitas vezes, reagimos ao que nos é comunicado de uma forma muito mecânica, nem ao menos observamos com calma o que o outro acabou de dizer e formulamos uma resposta muitas vezes baseada na defesa e não avaliamos os sentimentos e necessidades do outro e muito menos as nossas. Tem uma passagem do livro que achei muito boa:

“ Uma das muitas coisas que aprendi com meu avô foi a compreender a profundidade e a amplitude da não-violência e a reconhecer que somos todos violentos e precisamos efetuar uma mudança qualitativa em nossas atitudes. Com frequência, não reconhecemos nossa violência porque somos ignorantes a respeito dela. Presumimos que não somos violentos porque nossa visão da violência é aquela de brigar, matar, espancar e guerrear - o tipo de coisa que os indivíduos comuns não fazem.”



Ao ler este trecho, entendi o meu equívoco em relação à CNV, eu achava que a comunicação não violenta seria não gritar, não falar palavrões, não ser grosseiro, entre outros, mas é muito mais do que isso. Ao avaliar as situações diárias, é possível perceber que nem sempre nos comunicamos com empatia e compaixão, e simples perguntas e respostas podem ser capazes de criar problemas de relacionamento. Foi interessante, constatar que eu tenho muito a melhorar na minha forma de comunicação. A CNV propõe que usemos da empatia ao escutar o próximo, tendo uma maior profundidade ao escutá-lo.

Eu compartilhei esse vídeo na página do Facebook do blog, e vou republicar aqui também, ele me auxiliou bastante a entender essa questão da empatia na comunicação.



De acordo com Marshall B. Rosenberg, nós aprendemos a nos comunicar de uma maneira que nos estimula a rotular, comparar, exigir e proferir julgamentos, ou seja, não aprendemos a perceber o que sentimos e quais são as nossas necessidades naquele momento. Dessa forma, agimos sempre classificando e julgando pessoas o que acaba por estimular a violência. Portanto, o grande objetivo da CNV é estabelecer um relacionamento baseado na sinceridade e empatia.

À principio, quando você começa a ler o livro e entrar em contato com as ideias do autor, parece que praticar a CNV é uma coisa falsa, parece uma forma de manipulação, mas logo, é perceptível que o objetivo é outro. Como o próprio autor diz no livro “O objetivo da CNV não é mudar as pessoas e seu comportamento para conseguir o que queremos, mas, sim, estabelecer relacionamentos baseados em honestidade e empatia, que acabarão atendendo às necessidades de todos.”


É um livro que vale a pena, mas pelo menos para mim, foi preciso me apoiar em outros materiais e em alguns vídeos que explicavam o assunto. Desde então, eu tenho tentado ser mais empática em relação ao outro e em relação a mim mesma, mas confesso que não tem sido algo muito fácil de se praticar, porque você precisa remodelar todo um sistema com o qual você já se acostumou, porém, vale a pena tentar.
Vou encerrar este post com um vídeo da Carolina Nalon sobre esse assunto. Esse vídeo foi muito esclarecedor para mim e ajudou a complementar as ideias do livro. Eu sugiro que você assista para poder entender melhor.




Abraços!

Um comentário:

  1. A CNV tem muito mais relação com a sua forma de expressar suas necessidades e reconhecer suas fraquezas do que olhar para o outro, ou seja, quando eu sei o que eu quero e sei expressar o meu querer eu não agrido o outro. Lembre-se aquilo que eu critico no outro tem muito mais a ver comigo que com o outro. As 4 habilidades da CNV é um exercício que fazemos a partir de nós e que beneficia a todos. Belo texto!

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