Como eu era antes de você
Sugestão da leitora: Alice Castro
Eu recebi uma sugestão por e-mail
para falar sobre relacionamentos, eu quase não escrevo especificamente sobre
relacionamentos, porque acho que cada pessoa tem a sua história e sua própria
bagagem, que provavelmente são bem diferentes das minhas. Mas, se alguém me pede,
eu tento ao máximo, escrever sobre esse assunto focando sempre em
autoconhecimento, porque ele é base de relacionamentos mais saudáveis em todos
os setores da vida.
A leitora me escreveu dizendo que
terminou um noivado, se sente perdida e não sabe como retomar suas atividades sem o relacionamento amoroso, e me
pediu para escrever como se achar depois de um término de relacionamento.
Pensando no que eu iria escrever, me lembrei que algum tempo atrás, eu assisti
o filme “Como eu era antes de você”. Achei bonitinho, e gostei bastante do
jeito da protagonista, sendo ela mesma, com suas meias coloridas e seu jeito
alegre de olhar para vida. Então, pensando na sugestão da leitora, lembrei do
título do filme e do livro, ao pensar nesta questão de se achar depois de
terminar um relacionamento. Você, já se perguntou: “Como você era antes desse
alguém?”
É nessa pergunta que mora toda a
solução do enigma.
Quem eu era antes de você? Ou
como eu era antes de você?
Você era feliz? O que você fazia?
Quais eram seus sonhos?
O que você estudava? O que enchia
seu olhar de brilho?
Com o que você ocupava seu dia? Quais
eram seus hobbies?
Você fazia exercícios físicos?
Você meditava?
Você pintava quadros? Você
bordava?
Você consertava móveis? Você
tocava violão?
Lembre-se da pessoa que resolveu
partir. Olhe dentro dos olhos dela mentalmente, e se pergunte: “Como eu era
antes de você? Quem eu era antes de você?”
Pronto...traga para a sua memória
as lembranças de você sem esse alguém. É isso, que você precisa resgatar para
se encontrar novamente. Um dos maiores erros que cometemos ao nos relacionarmos
(esse é o meu ponto de vista, pode não ser o seu, e está tudo bem) é deixarmos
de lado, as coisas que gostamos, nós temos uma tendência absurda de nos
voltarmos para a outra pessoa, e nós nos esquecemos de como éramos antes dessa
pessoa entrar em nossa vida. Começamos a nos anular, ao invés de complementar.
Meus gostos se complementam com os seus gostos, e em nenhum momento, eles se
anulam. É preciso somar, não subtrair.
Arrisco dizer, que essa sensação
de se sentir perdido, tem muito a ver com as coisas que esquecemos sobre nós
mesmos, porque focamos demais no outro, se brincar começamos inclusive a
absorver a personalidade da outra pessoa na nossa, e isso não é muito legal. Se
você hoje está sofrendo com a mesma situação da leitora, faça esse exercício,
se pergunte:
“Quem eu era antes de você?"
Nesse caso, não é para ser muito
romântico não, rsrs. É para resgatar seus gostos, prazeres. O que você fazia
antes dessa pessoa chegar. É esse alguém que deve retornar. Lembre-se que
relacionamentos não são salvação de ninguém, eles são apenas degraus para
avançarmos na nossa evolução, porque eles nos desafiam a sermos pessoas
melhores para o outro, e para nós mesmos. Eu espero ter te ajudado a
compreender e vivenciar melhor essa fase desafiadora, de se buscar e de se
encontrar, e termino o post de hoje com um texto do Osho, que para mim faz
muito sentido, e espero que possa fazer sentido para você também.
“Primeiro fique sozinho.
Primeiro comece a se divertir sozinho.
Primeiro ame a si mesmo.
Primeiro comece a se divertir sozinho.
Primeiro ame a si mesmo.
Primeiro seja tão autenticamente feliz, que se ninguém vem,
não importa; você está cheio, transbordando.
Se ninguém bate à sua porta, está tudo bem – Você não está em
falta.
Você não está esperando por alguém para vir e bater à porta.
Você está em casa.
Você não está esperando por alguém para vir e bater à porta.
Você está em casa.
Se alguém vier, bom, belo.
Se ninguém vier, também é bom e belo
Se ninguém vier, também é bom e belo
Em seguida, você pode passar para um relacionamento.
Agora você se move como um mestre, não como um mendigo.
Agora você se move como um imperador, não como um mendigo.
E a pessoa que viveu em sua solidão será sempre atraído para outra pessoa que também está vivendo sua solidão lindamente, porque o mesmo atrai o mesmo.
Agora você se move como um imperador, não como um mendigo.
E a pessoa que viveu em sua solidão será sempre atraído para outra pessoa que também está vivendo sua solidão lindamente, porque o mesmo atrai o mesmo.
Quando dois mestres se encontram – mestres do seu ser, de sua
solidão – felicidade não é apenas acrescentada: é multiplicada.
Torna-se um tremendo fenômeno de celebração.
E eles não exploram um ao outro, eles compartilham.
E eles não exploram um ao outro, eles compartilham.
Eles não utilizam o outro.
Em vez disso, pelo contrário, ambos tornam-se UM e desfrutam
da existência que os rodeia.” Osho
Sugestão de leitura: Livro "Amor, liberdade e solitude" - Osho
Sugestão de leitura: Livro "Amor, liberdade e solitude" - Osho
obrigada Angélica. Vou tentar seguir suas dicas.
ResponderExcluirUm abraço
Olá, Alice!
ResponderExcluirEu que agradeço a sugestão, e realmente espero que possa te ajudar de alguma forma.
Abraços!!!
Adorei Angélica !
ResponderExcluirNão apenas em relação a um relacionamento amoroso mas hoje vejo essas mesmas aplicações válidas para términio de amizades e relações familiares, que embora sejam para somar, às vezes acabam trazendo mais malefícios do que benefícios.
Beijos!
www.vivendolaforanoseua.blogspot.com
Verdade, Gisley. Acho que podemos aplicar para qualquer tipo de relacionamento. Obrigada pelo comentário.
ExcluirBeijo